Gosto pelos vitrais nasceu há cerca de 15 anos
Bancário da Guarda é vitralista autodidacta
O bancário José Manuel Monteiro, residente na cidade da Guarda, é vitralista autodidacta e, nas horas vagas, faz trabalhos para igrejas e para casas particulares.
O gosto pela execução de vitrais surgiu há cerca de 15 anos, quando José Manuel Monteiro construiu uma casa “que tinha uma janela que dava para uma escadaria” e a mulher “queria um vitral”. Contou que na altura fez vários contactos e que lhe foi dito para mandar fazer o vitral em Braga, embora a família não o quisesse com motivos religiosos. Nessa altura começou a interessar-se pela arte e quando frequentava feiras do livro procurava publicações relacionadas com aquela área. Entretanto, depois de saber que havia material à venda, dedicou-se ao trabalho de executar vitrais e até chegou a fazer um estágio no Porto.
O primeiro trabalho que fez foi um vitral para a sua casa, tal como tinha sido desejado pela esposa. No entanto, de então para cá, tem feito trabalhos para casas particulares, alguns para França, e para igrejas. Já tem um vitral na igreja do Escabralhado (Sabugal) e, neste momento, está a executar quatro grandes painéis para a igreja de Aldeia da Ribeira, também no concelho do Sabugal, com motivos religiosos, com destaque para um painel dedicado a S. Pedro e outro à coroação de Nossa Senhora.
José Manuel Monteiro gostava de ter mais tempo para se dedicar à arte mas devido à sua actividade profissional, faz os trabalhos apenas “à noite”. “Isto leva muito tempo. O mal disto é que temos que ir até ao pormenor e, por vezes, as peças partem-se”, disse ao Jornal A Guarda.
Contou que o processo de feitura de um vitral começa com o desenho (feito pela mulher ou pelo filho) e pela numeração de cada peça que, mais tarde, será recortada do vidro. “Depois do desenho feito é preciso um duplicado em papel vegetal, para depois poder fazer os recortes de cada peça, em cartão”, explicou. Utiliza vidros de várias cores e as pinturas que faz no próprio vidro, denominadas “grisalhas”, são “feitas com pó óxido de várias tonalidades, que depois é desfeito em goma arábica e fica uma espécie de pasta que depois é espalhada no vidro”. “Depois disso, faço uma aplicação com pincéis que dá o efeito da figura que se desenhou. Após levar a grisalha, o vidro passa por uma estufa”, descreveu.
Antes da obra ser dada por terminada ainda há muito trabalho pela frente: “A interligação dos vidros é feita com solda e depois ainda leva um oxidante para lhe dar uma cor escura. Também leva uma espécie de verniz e no final é que vou a um vidreiro para aplicar a caixilharia”. Contou que “para fazer cada peça que vai ao forno, demora cerca de 14 a 15 horas”, razão que o leva a afirmar que trata de um trabalho que também requer muita paciência. “Já estou a trabalhar nestes quatro vitrais para a igreja da Aldeia da Ribeira desde o Natal”, exemplificou.
Quando acabar os vitrais que tem neste momento em mãos, e que estão em fase de conclusão, tenciona fazer outro trabalho que tem “em vista” para a igreja da Lomba, também no concelho do Sabugal, referindo que ainda não sabe “qual vai ser o motivo”.
A sua arte é procurada “por pessoas amigas e conhecidas que me pedem para fazer” mas o vitralista autodidacta refere que “como não é uma coisa barata, não há muita gente que queira comprar vitrais”.
Bancário da Guarda é vitralista autodidacta
O bancário José Manuel Monteiro, residente na cidade da Guarda, é vitralista autodidacta e, nas horas vagas, faz trabalhos para igrejas e para casas particulares.
O gosto pela execução de vitrais surgiu há cerca de 15 anos, quando José Manuel Monteiro construiu uma casa “que tinha uma janela que dava para uma escadaria” e a mulher “queria um vitral”. Contou que na altura fez vários contactos e que lhe foi dito para mandar fazer o vitral em Braga, embora a família não o quisesse com motivos religiosos. Nessa altura começou a interessar-se pela arte e quando frequentava feiras do livro procurava publicações relacionadas com aquela área. Entretanto, depois de saber que havia material à venda, dedicou-se ao trabalho de executar vitrais e até chegou a fazer um estágio no Porto.
O primeiro trabalho que fez foi um vitral para a sua casa, tal como tinha sido desejado pela esposa. No entanto, de então para cá, tem feito trabalhos para casas particulares, alguns para França, e para igrejas. Já tem um vitral na igreja do Escabralhado (Sabugal) e, neste momento, está a executar quatro grandes painéis para a igreja de Aldeia da Ribeira, também no concelho do Sabugal, com motivos religiosos, com destaque para um painel dedicado a S. Pedro e outro à coroação de Nossa Senhora.
José Manuel Monteiro gostava de ter mais tempo para se dedicar à arte mas devido à sua actividade profissional, faz os trabalhos apenas “à noite”. “Isto leva muito tempo. O mal disto é que temos que ir até ao pormenor e, por vezes, as peças partem-se”, disse ao Jornal A Guarda.
Contou que o processo de feitura de um vitral começa com o desenho (feito pela mulher ou pelo filho) e pela numeração de cada peça que, mais tarde, será recortada do vidro. “Depois do desenho feito é preciso um duplicado em papel vegetal, para depois poder fazer os recortes de cada peça, em cartão”, explicou. Utiliza vidros de várias cores e as pinturas que faz no próprio vidro, denominadas “grisalhas”, são “feitas com pó óxido de várias tonalidades, que depois é desfeito em goma arábica e fica uma espécie de pasta que depois é espalhada no vidro”. “Depois disso, faço uma aplicação com pincéis que dá o efeito da figura que se desenhou. Após levar a grisalha, o vidro passa por uma estufa”, descreveu.
Antes da obra ser dada por terminada ainda há muito trabalho pela frente: “A interligação dos vidros é feita com solda e depois ainda leva um oxidante para lhe dar uma cor escura. Também leva uma espécie de verniz e no final é que vou a um vidreiro para aplicar a caixilharia”. Contou que “para fazer cada peça que vai ao forno, demora cerca de 14 a 15 horas”, razão que o leva a afirmar que trata de um trabalho que também requer muita paciência. “Já estou a trabalhar nestes quatro vitrais para a igreja da Aldeia da Ribeira desde o Natal”, exemplificou.
Quando acabar os vitrais que tem neste momento em mãos, e que estão em fase de conclusão, tenciona fazer outro trabalho que tem “em vista” para a igreja da Lomba, também no concelho do Sabugal, referindo que ainda não sabe “qual vai ser o motivo”.
A sua arte é procurada “por pessoas amigas e conhecidas que me pedem para fazer” mas o vitralista autodidacta refere que “como não é uma coisa barata, não há muita gente que queira comprar vitrais”.